1 Origem do Hamas: O Hamas, ou Movimento de Resistência Islâmica, teve origem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia em 1987, durante a Primeira Intifada, um levante palestino contra a ocupação israelense. O grupo surgiu como uma resposta à ocupação e à ausência de progresso no processo de paz entre Israel e os palestinos. Seu objetivo principal era resistir à ocupação israelense e lutar pela autodeterminação palestina. Desde então, o Hamas cresceu como uma organização política e militar significativa na região.
2 Objetivos Políticos: Os objetivos políticos do Hamas incluem a criação de um Estado Palestino independente, que abrange a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Eles também buscam a retirada israelense dessas áreas, a remoção dos assentamentos israelenses e o direito de retorno dos refugiados palestinos. O grupo rejeita a existência de Israel e defende o uso de meios políticos e militares para atingir esses objetivos. O Hamas baseia sua ideologia no Islã e busca estabelecer um governo islâmico na Palestina.
3 Meios Militares: Os meios militares do Hamas são principalmente conduzidos pela sua ala armada, conhecida como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Elas se envolvem em guerrilha, ataques de foguetes e outras formas de resistência armada contra as forças israelenses. O grupo esteve envolvido em conflitos e confrontos com Israel, utilizando táticas convencionais e assimétricas. O uso de violência e terrorismo é um aspecto controverso de sua luta pela autodeterminação palestina, e isso levou à designação do grupo como organização terrorista por alguns países.
4 Religião e Ideologia: O Hamas é uma organização islâmica sunita e sua ideologia está fundamentada no Islã. Sua carta de fundação combina elementos religiosos e políticos, enfatizando a resistência contra a ocupação israelense e a promoção de um governo islâmico na Palestina. Eles veem a luta armada como parte de sua busca pela autodeterminação palestina e têm o Islã como uma parte central de sua identidade e motivação.
5 Financiamento: O financiamento do Hamas é proveniente de diversas fontes, incluindo doações de países e simpatizantes estrangeiros, contrabando de armas e, em alguns casos, taxação da população na Faixa de Gaza. Além disso, o grupo também se envolve em atividades comerciais, como o contrabando de bens e recursos, para sustentar suas operações. O Hamas tem sido acusado de usar tanto recursos legais quanto ilegais para financiar suas atividades.
6 Conflitos com Israel: O Hamas tem estado envolvido em vários conflitos armados com Israel ao longo das décadas, incluindo guerras notáveis em 2008-2009, 2012, 2014 e 2023. Esses conflitos resultaram em consideráveis perdas de vidas e danos materiais, afetando profundamente a região e exacerbando as tensões entre as partes envolvidas.
7 Governo em Gaza: Desde 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza, após expulsar a Autoridade Palestina liderada pela Fatah. Isso resultou em um conflito político interno entre as duas principais facções palestinas. O controle do Hamas sobre Gaza permitiu que o grupo estabelecesse uma administração local independente, incluindo a prestação de serviços básicos à população.
8 Relações Internacionais:
O Hamas é considerado uma organização terrorista por muitos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, devido às suas atividades militares e ataques contra alvos israelenses. No entanto, o grupo recebe apoio de alguns países e organizações, como o Irã e a Liga Árabe, que veem o Hamas como um ator legítimo na luta palestina pela autodeterminação. As relações internacionais do Hamas, portanto, são complexas e polarizadas.
9 Sociedade Palestina: O Hamas possui um apoio significativo entre a população palestina, especialmente em Gaza, devido à sua atuação na prestação de serviços básicos, como educação e assistência social. No entanto, sua popularidade é dividida, com alguns palestinos apoiando o Hamas enquanto outros apoiam facções políticas rivais, como a Fatah. Isso reflete as divisões políticas e sociais dentro da sociedade palestina.
10 Evolução Política: Nos últimos anos, o Hamas demonstrou uma possível evolução política ao buscar reconciliação com a Autoridade Palestina, liderada pela Fatah. Isso incluiu acordos para formar um governo de unidade e realizar eleições palestinas. Essas ações indicam um esforço para superar as divisões internas e buscar uma frente palestina mais unificada na busca por soluções políticas.